segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Música ao des.barato

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Cada tipo de Música devia ser escutada no seu ambiente-próprio (para o qual foi escrita) :
- O Fado, em retiros
- Os concertos de música-Clássica/Opera/Bailados, em salões adequados
- A musica-Sacra, em igrejas
- O Folclore, em romarias
- O Rock, em festivais
etc. etc. etc.
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Mas, com a massificação dos meios-portáteis, passou a ouvir-se qualquer musica, em qualquer lado.
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Os estabelecimentos-comerciais, então, descobriram que a música agrada às pessoas; e toca de bombardearem-nos com musiquinhas, em todos os seus recantos (até nos W.C.s). Só que, também para esse efeito, existe música própria (uma música-ambiente, suave, envolvente e - sobretudo - emitida num nível sonoro, que dê para a escutarmos quando queremos prestar-lhe atenção, mas que não se interponha nas nossas conversas). O que se passa na maioria dos Estabelecimentos, é precisamente o contrário (música berrada, agressiva, e transmitida no volume máximo) que, em vez de cativar a demorarmo-nos um pouco mais a ouvi-la, tem o efeito inverso (desejarmos sair dali o mais depressa possível, para nos livrarmos daquelas agressões aos nosso tímpanos) !
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Em tempos, num dos saudosos programas do Maestro Vitorino de Almeida, foi apresentada uma rábula, que nunca mais esqueci; o Maestro passeava-se por diversos ambientes e encontrava sempre uma mesma senhora, cheia de sorrisos e mesuras; ao princípio, até lhe achava certa piada mas, de tanto a encontrar, fosse para onde fosse, começou a sentir-se incomodado e a mostrar saturação. É o que acontece com a Música : de tanto nos bombardearem com ela, da forma menos apropriada e nas situações mais inverosímeis, deixa de tornar-se agradável para transfornar-se num suplício.
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NelitOlivas

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