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Há dias, na apresentação de um livro a que assisti, as "personalidades" constantes da mesa-de-honra que "botaram faladura", ou se refugiavam em termos demasiadamente tecnicistas, ou repetiam chavões "partidaristas"; e uma houve, que insistiu - durante toda a sua intervenção - em incluir um "pertanto", entre cada duas palavras que proferia.
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Pessoas com responsabilidades didáticas e políticas que, por inerência dos cargos que ocupam, deveriam saber expressar-se com muito maior fluência.
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Mas, o maior descalabro, vem da Assembleia-da-República, onde muitos dos Deputados eleitos para nos representarem, se exprimem num "portuganhês" quase incompreensível, repleto de erros de sintaxe, quando não de termos inventados.
Até por respeito aos grandes Tribunos que abrilhantaram aquela Casa com os seus dotes de oratória, estes senhores - se não sabem falar melhor - mais valia que ficassem calados (mas, que esperar de uns putos, que sacaram uns Diplomas à pressão ?) !
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Principalmente ao nivel político, nota-se uma pobreza cada vez mais confrangedora no discurso, pois apesar de disporem de textos escritos por assessores-especializados, de telepontos, de efeitos sonoros (e especiais), etc., não conseguem chegar aos calcanhares dos Políticos da 1ª República que, mesmo de improviso e de viva-voz, conseguiam inflamar multidões.
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