sábado, 11 de janeiro de 2014

Fabricação da Alimentação

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A produção intensiva de alimentos tem vindo a retirar-nos o prazer da boa-mesa, quando não, a prejudicar-nos a saúde :
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As aves são "fabricadas" em aviários, alimentadas só com farinhas; (até, muita da "caça", já assim é criada); muito gado já quase não pasta, passando a vida preso em cubículos a ser alimentado com granulados; (até os nossos animais-de-estimação, já só comem rações); cada vez mais peixes, são criados em viveiros, ou congelados; muitos legumes, são injetados em estufas; muita fruta é criada à pressão, e refrigerada; muitas flores são produzidas tão apressadamente que já nem possuem o seu perfume característico; Já para não referir os cereais transgénicos; os fertilizantes, herbicidas, pesticidas, etc.; as farinhas, arroz, massa ou açúcar branqueados; os aditivos : corantes, conservantes, emulsionantes; as carnes processadas para a fast-food; Etc. etc. etc.
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Ainda existem alguns alimentos criados artesanalmente (como o pata-negra, a vitela maronesa ou barrosã, a carnalentejana, os galos-capões, o peixe-fresco de alto-mar, os legumes biológicos, os cereais-integrais, etc.), mas a preços-"gourmet"...
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Dizem-nos que, só assim, se conseguirão alimentos para todos; mas a Fome continua a imperar na maior parte do Mundo.
Dizem-nos que, só assim, se conseguem alimentos a preços acessíveis para a maioria da população; mas que interessa pouparmos nos alimentos se, depois, temos que gastar em suplementos-alimentares, quando não, em medicamentos, exames, tratamentos, etc.
Aliás, a promiscuidade entre a Indústria Alimentar e Farmacêutica (muitas delas pertencendo a uma mesma Multinacional - e trabalhando umas para as outras), é algo de escandaloso que devia ser - prioritariamente - combatido pelos Governos (ou, pelas próprias Populações).
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Tenho pena de muitos Jovens, que nunca saberão o verdadeiro sabor de uma perdiz, de um salmão, de um tomate ou morango, de um vinho sem produtos, ou o autentico aroma de uma rosa ou de um cravo.
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Talvez esta onda-de-Desemprego que assola o mundo-industrial, faça com que muitas pessoas regressem às origens (pois ainda há muitos campos-cultiváveis, abandonados) e voltem a produzir alimentos, "à moda antiga" (sem se assustarem com as periódicas e alarmistas campanhas das "galinhas constipadas", das "vacas-chonés", dos "porcos-empestados", etc. que visam, sobretudo, a eliminação da concorrência da produção-caseira).
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NelitOlivas

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