quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Jorna.lismos

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Na minha area de residência, é distribuído um jornaleco, cuja Director acumula as funções de repórter, fotógrafo, redactor, estafeta, etc...
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Dedica especial atenção a uma Junta de Freguesia local e, desde que - nas ultimas Autárquicas - a vereação mudou, fá-lo com cada vez mais ênfase :
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Em todas as edições, desde então, cobre todas as iniciativas do actual Presidente, não se limitando a tecer-lhes rasgados elogios, mas fazendo comparações com as de anteriores Executivos (e desprestigiando sempre aqueles).
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Não é que me sinta atingido pessoalmente por toda esta bajulação pois, se tivesse que apoiar um Partido, neste momento, melhor o faria em relação ao do actual Executivo-Autárquico, que aos dos anteriores;
Até reconheço alguma razão, nos elogios que tece ao presente Presidente, mas outras vereações também desenvolveram obra assinalável.
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Só que, na minha modesta opinião, um Jornalista não deve evidenciar (pelo menos, tão descaradamente) as suas preferências-pessoais (sejam elas Religiosas, Desportivas, Políticas, etc.), tentando abstrair-se delas, para poder fazer análises-objectivas.
Se não consegue manter uma independência e equidistância em relação aquelas, então que guarde as suas opiniões para as conversas-de-café, mas que nunca se sirva do seu jornal para propagandeá-las.
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Não sei (nem me interessa saber) se todo este seguidismo se deve a pertencer ao mesmo Partido do actual Executivo; Se, por simpatia-pessoal com o actual Presidente (que, sendo um político com alguma tarimba, se encarrega de convida-lo para viajar com ele, na viatura da Autarquia, quando se desloca em serviço); Se, por alguma promessa, de maiores apoios para o Jornal.
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O certo é que, cada exemplar daquele jornal cheira, sempre mais, a jornalismo-de-encomenda.
E se isto funciona assim ao nível de uma pequena-Autarquia, imagine-se o que sucederá aos níveis do Poder-Central, ou dos grandes Grupos-Económicos ...
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NelitOlivas

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