sexta-feira, 11 de abril de 2014

Carlos Ramos - Fadista de Alcântara

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CARLOS RAMOS - Fadista e Guitarrista


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Nasceu no bairro de ALCÂNTARA   a 10 de Outubro de 1907, e faleceu  em Novembro de 1969.
Desde muito novo corria os locais onde houvesse Fado sempre acompanhado pela sua guitarra, para alinhar na fadistice .
Torna-se profissional em 1944 pela mão de Filipe Pinto e estreia no Café Luso com uma letra do repertório de Alfredo Marceneiro, "Senhora do Monte" com  música deste, e letra de Gabriel de Oliveira, foi decerto este fado que logo no inicio  mais contribui para a sua popularidade, e lhe deu mais nome, o próprio criador do tema, Alfredo Marceneiro o aplaudiu nessa exibição sem qualquer rivalidades, eram dois bons amigos.
Carlos Ramos, não prescindindo dos acompanhadores habituais acompanhava-se sempre tocando a sua guitarra.
Foi como guitarrista muito solicitado no Teatro de Revista. Trabalhou na Tipóia e na Tágide.
Carlos Ramos, era um homem afável, de espírito aberto e gentil, teve e tem grandes admiradores, criou um estilo muito próprio que fez escola, tem muitos seguidores do seu vasto repertório e do seu estilo, tinha uma voz doce, atraente  e sedutora, exprimindo ao cantar tal sentimento,  que tudo aquilo que dizia era  Fado.
Foi proprietário de um restaurante típico no Bairro Alto a que deu o nome de: A TOCA DE CARLOS RAMOS., que foi frequentada por toda as gentes do Fado quer artistas, quer clientes, destaca-se dos seus contratados, Alfredo Marceneiro, de quem era grande amigo,  Maria do Espírito Santo e muitos outros fadistas de nomeada.
Relembremos alguns dos seus êxitos: Não Venhas Tarde. Aquela Feia, Café de Camareiras, Chinelas da Mouraria, O amor é louco, Lisboa é Sempre Lisboa, Biografia do Fado, Anda o Fado noutra Bocas, Tempos Antigos, etc .
Compôs uma música para um fado a que deu o título "Fado Olga"
Tem bem um lugar na História do Fado de dos fadistas.
Vítima de uma trombose ocorrida nos meados dos anos sessenta, terminando assim a sua carreira artística, nessa altura vivia só,  esteve a viver em casa de meu pai e da sua companheira de então,  que o trataram e acarinharam  como se de um familiar se tratasse. 
Carlos Ramos faleceu em Lisboa, em 1969.
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(extraído, com a devida citação, do Blog "Lisboa no Guiness", de Vítor Marceneiro)
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Carlos Ramos interpreta "Sempre que Lisboa canta" :
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NelitOlivas

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