quinta-feira, 20 de outubro de 2011

EruditISMOS

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Todas as noites, a partir das 19 horas, dedico o meu mural do Facebook a um "Programa Cultural" ; como a maioria dos que por lá andam, comecei por postar apenas músicas, aleatoriamente ao meu gosto pessoal; mas cedo passei a postá-las por temas (várias versões do mesmo tema, popular, jazz, romântica, blues, de dança, clássica, de filmes, de novelas e, até, de jingles-publicitários); Depois, e sem nunca deixar de acompanhá-las por músicas apropriadas, passei às biografias de Personalidades ligadas à Escultura, à Pintura, à Arquitectura, ao Cinema, à Engenharia, à Astronomia e, até, à Astrologia; Posteriormente, encetei várias "voltas ao Mundo" (por Países, por Regiões e por Cidades). Presentemente, depois de ter postado Efemérides por anos, encontro-me a postar as Efemérides dos vários dias do ano.

Num desses "programas", ao postar o início da guerra Irão/Iraque, surgiu um comentário humorístico sobre as desavenças entre Árabes e eu, como sempre faço, respondi no mesmo tom. Logo apareceu outro comentário, esclarecendo que os Iranianos não são árabes mas sim persas; Outro ainda, chegou ao pormenor de, por ter escrito Irã em vez de Irão (devido a uma normalíssima gralha), questionar se tal faria parte do novo acordo-ortográfico.

Porque será que, as pessoas que são eruditas em determinada área (desconhecendo totalmente, na maioria dos casos, muitas outras), não são capazes de condescender com algum desconhecimento nessas matérias, e logo surjam a mostrar o que sabem, e a corrigirem os outros ?

Pelo contrário, quando os assuntos são tratados com um pouco mais de profundidade, quem os desconhece até agradece que assim o façamos (Tenho recebido muitas mensagens de pessoas, que dizem ter aprendido mais com estes meus singelos "programas", do que em muitos anos de Escola; alguns, chegam, até, a escrever que tenho vindo a desempenhar um verdadeiro Serviço de utilidade-pública, que competiria a Organismos-oficiais).

Claro está, que podia apresentar os temas com muito mais profundidade mas, dado o pouco espaço/tempo de que disponho, e a diversidade das pessoas que me acompanham, prefiro apresentá-los de forma mais leve, sob pena de tornar-me muito aborrecido (procuro até -sempre que possível- acrescentar umas pitadas de humor, para apresentar os temas da forma mais atraente possível).

Quanto aos Críticos, são do mesmo tipo dos perfeccionistas que embirram, por exemplo, com os "Il Divo" porque acham que, sendo tenores, deviam cantar apenas música-clássica; esquecendo que, a educação-musical não pode começar "por cima", e que eles têm dado um bom contributo à aproximação do Povo, ao canto-lírico.

É de lamentar que, algumas pessoas, desprovidas de senso-de-humor e habituadas a tudo teorizarem, não compreendam que não é com a utilização sistemática de "palavras-caras", de "jargões técnico-científicos" ou de temas demasiadamente especializados, que conseguem atrair mais pessoas para a Cultura.
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Picareta Escribante

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