quarta-feira, 24 de julho de 2013

Conver.setas

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Em, praticamente, todos os locais de atendimento-publico (sejam repartições, pequenos-comerciantes, escritórios, etc.), os empregados (e, até patrões), em vez de estarem disponíveis (ou se disponibilizarem de imediato) para atenderem quem chega, estão sempre tão empenhados em conversas-particulares (entre eles, ao telefone, telemóvel, via Net, etc.), que são incapazes de interromperem essas conversetas, para prestarem atenção aos Utentes/Clientes.
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Que o façam quando não têm pessoas para atender, ninguém tem nada com isso; mas, que obriguem os utilizadores a longas esperas, ou que os atendam sem o mínimo de atenção e consideração que lhes são devidos, já pode considerar-se uma falta de educação.
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Eu também estive, por vários anos, em locais de atendimento e até podia conversar com os colegas nos intervalos mas, logo que se aproximava um Cliente, interrompia de imediato a conversa e só a retomava quando não tinha mais ninguém para atender.
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Em especial, no que toca a pessoas que lidam com dinheiro, a falta de atenção para além de prejudicar os utentes, pode prejudicar os próprios (com falhas-de-caixa, etc.). Quando alguma caixa-de-supermercado se engana contra ela, por falta de atenção nos pequenos trocos eu, confesso, não lhe devolvo o dinheiro; prefiro dá-lo a um pedinte, para ver se ela, tendo que repo-lo de seu bolso ao fim-do-dia, ao menos aprende a lição.
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Muitos Reformados (e outros desocupados), talvez por sentirem o isolamento, enxameiam as lojas mantendo-se por lá bastante tempo contando a sua vidinha desde pequeninos; e, os Empregados/ Comerciantes, talvez por terem cada vez menos freguesia, em vez de desencorajarem-nos dessas longas lenga-lengas (ou de, pelo menos, dizerem-lhes para interrompe-las logo que chega um Cliente), ainda lhes puxam por mais conversa.
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Todos os que estão em postos-de-atendimento, em vez de considerarem os Utentes como uns chatos (que vêm interromper as suas "importantes e inadiáveis" conversas-particulares), deveriam considera-los como as pessoas que lhes dão lucro, pagam-o-ordenado e garantem a sua sobrevivência !
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Picareta Escribante

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