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Alguns Autarcas que, de prática-da-vida, apenas têm alguma experiência-política, vivem em permanente campanha-eleitoral, tentando conquistar votos a qualquer custo.
Como tal, privilegiam as ações popularuchas (para abrangerem mais possíveis votantes) em detrimento de ações-culturais (cujas audiências não os satisfazem).
Esquecem, porém, que a principal ideologia da maioria dos votantes a quem se dirigem é a de "sacar o mais possível" : Se o Autarca em funções lhes oferecer um chouriço, logo lhe prometem os seus votos; mas, se a seguir, vier um candidato que lhes prometa um presunto (nem é preciso oferecer, basta prometer), logo debandam todos atrás do segundo. Enquanto que, se conseguirem cativar a classe-média (e em algumas Autarquias, apesar de terem muita população em bairros-sociais, com os novos Empreendimentos/Condomínios talvez até tenham tanta classe-média como desfavorecida), se os indecisos verificarem que o seu antigo professor, comerciante, etc. apoia determinado Candidato, poderão ser tentados a seguir-lhes o exemplo.
Poderão argumentar que, quanto a Cultura, até apoiam o Fado; mas o fado que pode ser considerado veículo-cultural não é o fado-vadio, sempre com as mesmas letras do choradinho e da "esgraçadinha", cantado por fadistas "de faca na liga"; mas o fado-canção, interpretando Poemas de grandes Autores.
Mal são eleitos logo se rodeiam de colegas-de-escola, ou das Juventudes (com a mania que já "nasceram ensinados", que aprendem tudo pela Net), não se vislumbrando nas suas equipas, nem sabendo aconselhar-se, com pessoas que possuam experiência nos respectivos assuntos.
E o resultado são sucessivas experiências fracassadas :
- Organizam Eventos que ficam "às moscas", por não se terem antecipadamente, preocupado em criar um espírito-de-Comunidade que mobilize a População.
- Não sabem atrair pessoas de Freguesias vizinhas, visto que as marginalizam nalgumas iniciativas, e elas acabam por marginalizar-se de outras.
- Organizam Passeios cuja publicidade apenas menciona o destino e o preço; Nem a descrição dos monumentos a visitar, nem o local do almoço, nem a ementa do mesmo, etc. Se, em Eventos-concorrentes, em que quer o transporte quer as refeições são totalmente Grátis (e mesmo assim há reclamações), nos que são pagos, mais direito têm as pessoas de saberem "ao que vão".
Na organização de Eventos, para que nada falhe, há que estar atento aos mínimos pormenores (não havendo lugar para improvisos); saber atempadamente, por exemplo, as pessoas que fazem dietas, e providenciar-lhes alternativas viáveis; criar condições para pessoas com necessidades especiais, etc. etc.
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NelitOlivas
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