segunda-feira, 11 de abril de 2011

Apreciação de Restaurantes XLV

Restaurante "Apertazeites" - Campo Maior :
.
Funciona num antigo lagar de azeite, à saída de Campo Maior (para quem segue para as instalações do Comendador, a cujo Grupo pertence). Tem um bom parque-de-estacionamento nas traseiras, com uma entrada directa para o primeiro piso, onde pode encontrar-se o bengaleiro, uma pequena sala, WCs e Cozinha. A entrada-principal é, porém, junto à estrada : um hall, decorado com objectos antigos, dá acesso -em frente- a uma ampla sala de café-concerto e -à direita- descendo umas escadas, a uma sala-para-grupos, dispondo de bar e decorada com motivos orientais.

O serviço é rápido e simpático, embora bastante descoordenado (nota-se a falta de um Chefe-de-mesas).
Os vinhos foram, adivinhe-se, da Adega-Mayor e os cafés Delta-premium.

As entradas foram constituídas por bom pão-alentejano, azeitonas (verdes) com orégãos, varias qualidades de enchidos, e cogumelos salteados com tiras de rins. Numa região de tão bons queijos, trocavam-se de bom grado alguns dos enchidos por uns quêjinhos.

A sopa de tomate com fios de ovos, acompanhava-se com pão, cortado às tirinhas; não agradou, pois os ovos de tão esfiados mal se notavam e o tomate era ácido (tipo lata).

A carne de porco à alentejana, apresentou-se com boa carne e boas amêijoas, porém com um molho a saber demasiadamente a vinha-de-alhos e muito pouco a massa-de-pimentão; acompanhada por batatas fritas aos palitos (em separado), em vez das batatas-aos-cubos incorporadas no molho.
E, quando aparecia a carne não apareciam as batatas, e vice-versa; também surgiram umas saladas-mistas, mas já depois de tudo comido...

A sericaia era boa mas, em vez da ameixa-de-Elvas, vinha com gelado-de-azeite (Sendo um doce seco, sentiu-se a falta da calda das ameixas).

Os ingredientes são de boa qualidade, mas a confecção -embora de raiz-alentejana- envereda por umas estilizações que -pelo menos, para o meu gosto tradicionalista- resultam um pouco infelizes.
.
.
.

Restaurante Canela e Poesia - Lisboa
.
Fica no nº 65-A da Avª. Visconde Valmor; Transposto um guarda-ventos, entra-se para uma sala sobrecomprida; a seguir a esta, existe uma outra sala, ainda maior, com balcão e cozinha ao fundo. A lista apresenta grande variedade de pratos-italianos (pizas, pastas, risotos, etc.).

O serviço está entregue a empregados-brasileiros, e é simpático e profissional.

As Entradas são constituídas por azeitonas temperadas + manteiga + paté, e um cesto com pães pequenos e bicudos (2€). Ausência de gressinos.

Para bebida optou-se por uma sangria de rosé-italiano (12,5€/l), que pecou por demasiado adocicada (para acompanhar comida) e com demasiada fruta nos copos (com casca e não citrina). As toalhas e guardanapos são de pano e os pratos vêm sempre decorados artisticamente.

Os cannelonis com ricota (10€) apresentaram-se com um molho demasiadamente ácido.
A taglatelli do Mar (9€), apresentou-se com cubos de salmão, cogumelos e, embora a ementa mencionasse que também incluía gambas, apenas foram detectados uns poucos pedaços, no meio de tanta massa.
O tagliolini Neri (massa enegrecida com tinta de choco), essa sim, apresentou-se com gambas inteiras e grandes.
ad
Quanto às sobremesas, tanto a tarte de maçã com gelado, como o tiramisu (ambas a 4€), agradaram.

A refeição ficou pelos 20 €/pessoa o que podendo ser justificado pelo requinte, serviço e qualidade dos ingredientes, não é aprovado quanto à confecção : Os Restaurantes Italianos-(puros), a exemplo do que sucede com restaurantes de outras Nacionalidades, deveriam adequar os seus temperos ao gosto mais "adocicado" dos Portugueses.
.

.
Picareta Escribante

Sem comentários:

Enviar um comentário