terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Apreciação de Livro

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Decorreu passado dia 12/1, pelas 15 horas, no Salão da Junta de Freguesia da Amora (com casa cheia), o lançamento do 2º livro de Maria Vitória Afonso - "Contos Alentejanos - Cozendo o Pão, Costurando a Vida", editado pela Colibri, com uma sugestiva capa de Manuel Casa Branca, ao preço de lançamento de 10€.
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Após os discursos do Reitor da Universidade Sénior do Seixal, e dos Amigos do Alentejo (a que a Autora pertence), de Fernando Mão de Ferro (Editor), da vereadora da Cultura da C.M. Seixal, do Presidente da Jª. Freguesia, do historiador Eduardo Raposo (autor do prefácio) e da Escritora, seguiu-se uma atuação de musica alentejana (pelo Grupo de Cavaquinhos da Universidade), a sessão de autógrafos e um Moscatel-de-honra. Uma tarde bem passada.
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O Livro, a exemplo do anterior (Contos e Vivências do Sudoeste Alentejano), é baseado em pequenos Contos-regionais, retratando as pessoas os usos e os costumes da terra-Natal da Autora, completados com alguns Poemas.
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Embora estes Contos estejam redigidos de forma mais elaborada que os do 1º livro, fica-nos a sensação (conforme já havíamos referido) que a Autora tem asas e conhecimentos para escrever algo mais substancial. Não temos nada contra a prosa/poesia populares que, desde que bem escrita (como é o caso) tem a sua mais-valia (até no campo etnográfico); Mas que terá mais interesse para os familiares que conheceram aquelas Figuras, para os habitantes da Região, ou para os Alentejanos em geral; Entendemos, mo entanto, que a Escritora poderia lançar-se em mais altos voos : em algo que, em vez de se limitar a um interesse Familiar, Local ou Regional, tivesse uma abrangência mais vasta.
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(É sempre assim : pessoas que mal sabem escrever, aventuram-se logo na escrita de longos (e desinteressantes) Romances; outras, como a Maria Vitória, que poderia escreve-los com muito maior facilidade e mestria, são tão modestas que se acham incapazes de faze-lo).
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Estes Contos, embora baseados em personagens reais, já incorporam alguma ficção; pois bem: a partir destas vivências e costurando-as umas às outras com um fio-condutor, já seria possível escrever uma obra mais erudita e de interesse-geral.
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Também lamentamos que a Autora não aceite o repto que lhe foi lançado, de editar um livro só com as suas Poesias, pois continuamos a entender que é nos Poemas, que ainda melhor expande a sua Alma.
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Picareta Escribante

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