segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vamos brincar aos escritorzinhos

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Certas pessoas, só porque conseguem alinhavar umas letras (que muitas vezes lhes são "ditadas", sem sequer perceberem o que estão a escrever), logo se convencem que são Escritores/as, ou Poetas/tisas.

E, então, se conseguem uma Editora que lhes publique um livreco (mesmo que, em vez de receberem direitos, ainda tenham que pagar a impressão), logo passam a comportar-se como Grandes-Intelectuais (embora continuem a escrever com erros-de-ortografia de bradar-aos-céus).

Muitos destes "Poetas" limitam-se a arremessar umas palavras bonitas para cima d´um papel, sem quaisquer preocupações de rima, de métrica, de beleza, de estética ou, até, de fazerem qualquer sentido !

(Bastava que lessem um pouco de autêntica prosa/poesia, para verificarem que - os seus textos - em nada são comparáveis à verdadeira-Literatura).

Mas, preferem fazer cócegas aos seus Egos, fingindo acreditar na bajulação de falsos-amigos. E, se alguns Amigos-verdadeiros tentam chamá-los de volta à Terra, ou lhes colocam algumas reticências, logo são apelidados de ciumentos ou invejosos.

(Também eu escrevo umas coisas, e até já tive ofertas para edição de alguns desses textos, mas considero que não têm qualidade suficiente para serem publicados; quem quiser, pode lê-los nos blogs, pois é lá que eles ficam muito bem).

Mas, regressando aos nossos "Escritores", mal publicam logo encenam toda uma fachada (copiando o que vêm na TV) :

- Organizam lançamentos-do-Livro em tudo quanto é sítio, fazendo autênticas voltas-a-Portugal, para tentarem vender mais uns míseros exemplares
(quase sempre à mesma meia-dúzia de familiares, amigos ou a alguns incautos - que é tudo quanto aparece nessas "cerimónias").

- Tentam arregimentar artistas-convidados para abrilhantarem essas festarolas e lá vão conseguindo um pouco mais de audiência, dos basbaques-do-croquete (que, lá aparecem mais para ver -e comer- que para comprarem algo).

- Utilizam as redes-sociais para conquistarem mais "amizades", e chagam-nas até à raiz dos c...abelos com as suas auto-promoções (não se preocupando em lá publicaram mais nada de útil, senão as suas entrevistas, fotos de lançamentos, sessões de autógrafos, etc. etc.).

- À falta de Boas-críticas, vão-se elogiando uns aos outros, em circuito-fechado (não hesitando em criar, para o efeito, autênticos Clubes dos Poetas mortos-Vivos).

E lá vão conseguindo sobreviver com estes expedientes, sem fazerem mais nada de útil; Quando, muitos dos grandes Vultos da Literatura, nunca precisaram de deixar de trabalhar noutras actividades, para escreverem as suas Obras-Primas.

Enfim, vivemos numa Sociedade do faz-de-conta, e estes -está visto- fazem-de-conta que são...Escritores.
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Picareta Escribante

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