quarta-feira, 11 de maio de 2011

Monopólios

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Quem passeia um pouco, a pé, pelo centro das Cidades, depara-se com um cenário de desolação : cada vez encontra mais estabelecimentos, fechados, abandonados, entaipados...

E os poucos que vão sobrevivendo, dada a insegurança instalada, fecham cada vez mais cedo (fazendo com que a vida nocturna tenha cada vez menor movimento, e seja cada vez mais inseguro sair de casa à noite).

A culpa desta razia não pode ser atribuída -apenas- à Crise que nos assola, pois começou muito antes :

- As Multinacionasi das Reparações-Auto, são responsáveis pelo fecho de muitas pequenas Oficinas.
- As Funerárias-Multinacionais, têm vindo a arrasar o negócio das pequenas funerárias de Bairro.
- As Floristas-Multinacionais vão conseguindo fechar as pequenas lojas de flores.
- As grandes Cadeias de roupas, não deixam espaço às pequenas Boutiques.
- Os grandes Armazenistas de Mobiliário, sufocaram as pequenas lojas de móveis.
- Mas é sobretudo ao nível das Grandes-Superfícies, que se nota uma maior agressividade : Todas as
semanas fecham Drogarias, Papelarias, Mercearias, etc., por não terem hipótese de concorrer com os preços e promoções praticados por aqueles Gigantes-da-Distribuição.

Sobretudo ao nível da Alimentação, estes têm movido uma guerra implacável a toda e qualquer concorrência :
- Conseguiram acabar com as Cooperativas-de-Consumo, instalando Supermercados junto delas.
- Estão, agora, a entrar no negócio das pequenas mercearias de Bairro, para verem se acabam com as poucas que ainda vão sobrevivendo :
- Se as Mercearias tinham marçanos para irem saber das faltas ou entregar as compras a casa dos Clientes, eles também fornecem encomendas pela Net e  serviços de entregas ao domicílio.
- Se os Merceeiros tinham o rol dos fiados, para quem não podia pagar logo, eles criaram os Cartões-de-Cliente com crédito.
- Se as Mercearias tinham a vantagem da proximidade, eles fornecem transportes-grátis !

Os pequenos-Comerciantes/Empresas ao fecharem suas portas, vêm-se no Desemprego, bem como todo o pessoal que acolhiam. E, as Grandes-Superfícies nem de longe empregam todas estas pessoas, que lançam no desemprego. E ainda se admiram que existam cada vez mais Desempregados ?!

Não há, praticamente, nicho-de-Mercado nenhum que esta meia-dúzia de Tubarões tenha deixado intocavel. (A pouco e pouco têm entrado nos negócios das Flores, Plantas e Artigos de Jardinagem; nos Pneus e acessórios-auto; nas tintas, materiais electricos e de construção; nos colchões e pequeno-mobiliário; nos medicamentso e óculos; nos telemóveis e jogos para computador/consolas; nas tabacarias e totolotarias; nos combustíveis, etc. etc. etc.)

E, o Povinho, a troco de uns centavos de desconto, lá vai abandonando os seus fiéis fornecedores de muitos anos, e aderindo às mais "modernas modernices".

Mas atenção : No dia em que conseguirem acabar com toda a Concorrência (quando os Clientes já não
tiverem mais a quem recorrer, senão a eles), todas essas "benesses" acabarão, ou serão manipuladas (Vide meu artigo, intitulado "Reclamação a um Hipermercado".
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Picareta Escribante

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