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Todos os anos, pelo mês de Agosto, se assiste à mesma bagunça :
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Muitos estabelecimentos, cujos proprietários não têm criancinhas, nem sequer empregados,
insistem em fechar para férias ao mesmo tempo que os seus concorrentes.
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Por vezes apenas por uma quinzena, mas precisamente na mesma quinzena dos outros.
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Então não seria mais lógico combinarem entre eles : "eu fecho numa, tu fechas noutra",
não prejudicando os utentes, e sendo até mais proveitoso para os seus negócios ?
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Muitos nem se dão ao cuidado de deixarem um aviso, comunicando aos seus Clientes
quando reabrem (pois estes só lhes merecem consideração, quando vão lá encher-lhes os bolsos).
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Já que o tradicional individualismo do portuguesinho não lhes permite entenderem-se, que o Governo
promulgue uma Lei que obrigue a que, desde que exista mais de um estabelecimento dos ramos
mais essenciais às populações (cafés, papelarias, mercearias/mini-mercados, etc.) em cada Povoação,
a exemplo do que sucede com os transportes-públicos, as farmácias, etc., um deles tenha que ficar
aberto enquanto os outros fecham.
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M. Oliveira
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