sábado, 12 de julho de 2014

Mudar...por mudar

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Os Cidadãos deste País são permanentemente confrontados com mudanças de designações - de Organismos, de Ruas, de Freguesias, etc. que, para eles, não fazem qualquer sentido, e só lhes trazem dissabores :
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- O Jardim do Alto de Stº. Amaro, em Lisboa, continua a chamar-se "Avelar Brotero"; Mas a Rua que com ele confina a Oeste (que também tinha o nome desse nosso grande Botânico) passou, subitamente, a chamar-se Pedro Calmon (que quase ninguém por ali sabe quem foi nem, aparentemente, tem algo a ver com aquele Local); Se queriam homenagear esse ilustre Brasileiro, porque não dar o seu nome a uma das muitas Artérias que estão constantemente a surgir na Cidade, poupando Empresas, Comerciantes e Moradores da Rua Avelar Brotero (é assim que continua a ser conhecida), a todos os incómodos e encargos com a alteração de suas moradas ?
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- A Escola Industrial Marquês de Pombal situava-se, inicialmente, na Rua de Alcântara; Com a transferência de suas instalações para a Junqueira, passou a chamar-se Fonseca Benevides; Com o recente abandono daquelas instalações, foi transferida para o Liceu D. João de Castro, passando este a chamar-se "Fonseca Benevides"; O mesmo sucedeu com o Liceu Rainha D. Amélia que se situava na Junqueira; abandonadas aquelas instalações, mudou-se para a Escola Comercial Ferreira Borges; Mas, apesar de ali continuar a existir a estátua de Ferreira Borges, o seu nome foi alterado para "Rainha D. Amélia"...
Porque é que as Escolas que são extintas não perdem a sua designação em favor daquelas em que se integram, em vez de serem as Escolas acolhedoras a perderem o seu nome ?
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- Muitos dos Equipamentos que pertenceram à Freguesia de Alcântara, foram transferidos para outras Freguesias; Assim, a Estação C.P. com o nome de ALCÂNTARA-Terra, já não pertence a Alcântara; A Gare-Marítima de ALCÂNTARA, também já não lhe pertence; Casas de Fados e a Dependência de ALCÂNTARA da Caixa Geral de Depósitos, já não se situam em Alcântara; Inclusivamente, as pessoas que nasceram na Rua Prior do Crato até 1950, são consideradas Alcantarenses; mas as que lá viveram depois, já pertenceram aos Prazeres, à Estrela...
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Em que é que estas constantes mudanças contribuem para a felicidade do Zé Povinho ? Se os responsáveis que a elas se dedicam, aplicassem os seus esforços na resolução de problemas muito mais prementes para as Populações, não seria muito melhor ?!
Enquanto a nossa Administração-Pública continuar infestada de Burrocratas (com espírito de "manga de alpaca"), nunca mais este País conseguirá progredir :
Todas estas alterações, para além dos prejuízos que acarretam às populações, mobilizam meios e recursos (com a alteração de fachadas, novas placas toponímicas, substituição de toda a documentação, etc.), que poderiam ser utilizados de forma muito mais proveitosa;
Mas que importa tudo isso aos (ir)Responsáveis que as tomam ? O dinheiro até nem é deles (e alguém anda a lucrar com todas estas trapalhadas...)
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NelitOlivas

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