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Terminei o artigo anterior referindo-me aos Especuladores-sem-escrúpulos, que pairam sobre este Mundo quais abutres.
Na realidade há cada vez mais indivíduos que, através de simples jogadas-nas-Bolsas, conseguem acumular fortunas, maiores que o PIB de muitos Países.
E, para esta gente, não existem Amigos, nem Pátria, nem sequer Família : só têm cifrões nos olhos, e tudo o que lhes importa é verem disparar em flecha os gráficos das suas Empresas, ou fazerem transbordar os saldos das suas contas-bancárias.
Não lhes basta especularem com papel-moeda, ouro, jóias (ou, até mesmo, drogas); também já não hesitam em faze-lo com bens muito mais necessários à Humanidade : começaram pelo petróleo (açambarcando-o em navios tanques, para provocar escassez, e negociarem-no só quando os preços sobem). Agora, também bens-essenciais à sobrevivência de Povos-inteiros, como o milho, o arroz, o trigo, o açúcar, etc. são alvo da sua gula.
Tudo porque descobriram que, as pessoas, podem viver sem ouro, sem jóias ou, até mesmo, sem petróleo ou drogas, mas não podem faze-lo sem alimentos. Que lhes importa que, com as suas especulações, aumentem ainda mais a desigualdade entre os Povos e lhes provoquem -mesmo- a fome, a miséria ou a morte ?
Ora, se especular com a Economia de Países inteiros (provocando falências, desemprego, aumento da criminalidade, etc.) já poderia ser considerado Crime, ao especularem com bens essenciais à Vida, passaram a entrar no capítulo dos Crimes-contra-a-Humanidade.
Durante Séculos, os Povos conseguiram conter os prevaricadores, através de Leis, de Autoridades, de Tribunais, de Prisões, etc. (E até Líderes ou Presidentes, têm sido destituídos julgados e condenados, por crimes contra a Humanidade). Mas, agora que chegámos ao pior dos Crimes - o Económico, parece não existirem meios, ou vontade-política, para contê-lo : Os Especuladores continuam a actuar impunemente, sem que nada se faça para julgá-los e condená-los exemplarmente.
E não seria necessário agir contra as suas vidas : com a rede de satélites hoje existente, seria fácil aos Estados descobrirem onde esta escumalha atraca os petroleiros ou armazena os produtos à espera de aumentos de preços. E, baseadas em Leis anti-açambarcamento, às Autoridades bastava lá chegarem e confiscarem-lhos, para serem distribuídos pelos mais necessitados.
Ao verificarem que não só realizariam as mais-valias almejadas, como se veriam privados de todo o Investimento realizado, esse seria o seu maior castigo - pois nada lhes dói mais que verem os seus Lucros reduzidos.
Ou será que o Mal, já conseguiu triunfar sobre o Bem ?
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Picareta Escribante
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