. - Temos um Património-Imobiliário de valor incalculável em avançado estado de degradação, mas preferimos construir mamarrachos novos de muito mau-gosto, a recuperar essas velhas mansões, repletas de história e de arte, deixando-as cair na ruína.
- Temos toda uma geração de idosos-desocupados, com muita experiência e sabedoria de Vida mas, não aproveitamos todo esse conhecimento, preferindo recolher dados na Internet (que pode ser rica em Teoria, mas a que falta a Prática).
Todo este desperdício deve-se, na minha modesta opinião, a termo-nos tornado um Povo novo-rico; passámos, repentinamente, da miséria do Estado-Novo para a abastança da União-Europeia (e esbanjámos os Fundos que de lá vieram, em obras e objectos de Fachada) :
Tal como os Novos-Ricos constroem palacetes de gosto-duvidoso só para mostrarem que têm mais dinheiro que outros novos-ricos, também nós andámos plantando "maisons" completamente desenquadradas da arquitectura da Região, só para exibir a familiares e amigos.
Tal como os Novos-Ricos se deslumbram facilmente com objectos mirabolantes, também nós investimos cegamente em consolas, plasmas, telemóveis ou viaturas sofisticadas (que, muitas vezes, nem sabemos manejar), só para mostrarmos ao colega e vizinho que já temos a ultima-novidade.
Tal como os Novos-Ricos chegam a endividar-se para exibirem tanta ostentação, também nós usámos displicentemente os empréstimos, cartões-de-crédito, etc., afundando-nos em dívidas, só para satisfazermos as nossas vaidadezinhas.
Tanto esbanjamento teria que, necessariamente, redundar em tragédia; e, o resultado, está à vista !
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Picareta Escribante
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