.
Reabriu, com nova-Gerência; Fica numa Travessa, junto a uma exposição de tractores (devidamente assinalado na estrada principal). Transposto um pequeno átrio (onde se encontram a Ementa, e os WCs), entra-se numa ampla sala (decorada regionalmente), com balcão e cozinha (à vista) à direita, e um bonito jardim ao fundo (que servirá de esplanada, no Verão).
O Serviço é eficiente e simpático; As Entradas são constituídas por cesto de pão e broa + azeitonas verdes (1€50); O vinho-da-casa é um Alentejano bem bebível (jarro de 1 l. - 4€). No menu, para além dos pratos normais, existem pratos-do-dia : de peixe (carapaus assados) e de carne (cabidela de frango, ou sopa da pedra).
A terrina de sopa-da-pedra (6 €) -também existia só em tigela (1€50)- apresentou-se algo caldosa (falta de feijão passado ?), com bastante batata, algumas carnes de porco e enchidos (mas faltando-lhe o tradicional sabor, dos de Almeirim).
A dose de cabidela (8€) -também existia em meia-dose (5€)- apresentou-se numa travessa, com batatas-fritas (?), bocados de frango, e um pouco de arroz, bastante envinagrado (parecendo ser feito, mais com vinagre-de-vinho tinto, que com sangue).
Nas sobremesas (1€50), nada de Regional (antes...de Industrial); Cafés a 0€65.
Uma Refeição assim constituída não chegou aos 10€ pessoa, o que seria barato se considerássemos apenas as instalações e o serviço, mas que desilude quanto à confecção.
.
.
.
.
Restaurante "O Moinho da Cabeda" - Sobral Monte Agraço :
.
Fica na estrada que vem das Sesmarias para a Gozundeira, numa curva do lado direito; Tem uma pequena esplanada, e um pequeno estacionamento (nas traseiras). Transposto um guarda-ventos, entra-se numa ampla (e fria) sala, com balcão e WCs à esquerda, e Cozinha (à vista) ao fundo. O serviço é simpático e atencioso. As Entradas são constituídas por pão da região, e azeitonas; o Vinho-da-casa (a jarro) é bem bebível.
No dia em que o revisitámos (por nos ter constado que existiam novos pratos na Ementa), os pratos do dia eram pataniscas-de-bacalhau com arroz, alheira, e Cozido-à-Transmontana (todas as 4ªs. Sábados e Domingos). Há outros pratos no Menu, alguns de caça, e um Pato à quá-quá (meio-pato assado no forno, com batatinhas) - mas são mais caros e, portanto, não podem ser incluídos na Refeição-completa (7€50).
O Cozido apresentou-se com legumes, (arroz e feijão, em tigelinhas separadas) e, para além dos enchidos, apenas carne de porco "fumada" (orelheira e toucinho), pelo que se torna bastante enjoativo (para além da carne de porco - e dos enchidos- saberem mais a colorau, que a fumo). Nem galinha, nem carne-de-vaca (ou outras carnes de porco mais magras) para desenjoar. Ora, a receita tradicional do Cozido-à-Transmontana leva tudo isso e, até as carnes-de-porco, não são todas fumadas.
O pato quá-quá, nem chegámos a provar, porque também nos "cheirou" a uma adaptação-desajustada : é sabido que a "morte" do pato-assado é com arroz (que ajuda a enxugar a gordura do pato), e não com batatas (que ficarão todas ensopadas).
.
Não chegámos a provar as sobremesas, por termos ficado enjoados com o Cozido.
.
A própria Ementa-do-Dia era desequilibrada pois, quem quisesse (ou tivesse que) fugir às gorduras do Cozido, apenas tinha como alternativa alheira e pataniscas (ambos fritos)...
.
Os 7€50 até se justificariam quanto ao serviço e confecção, mas não quanto aos ingredientes.
.
.
Nota : Recentemente, principalmente na zona-saloia, verifica-se uma tendência para inovar receitas antigas (e comprovadas). Só que, não é qualquer um que consegue "dar a volta por cima" a um prato-tradicional. São precisos bastantes conhecimentos de culinária (não bastam, muitos anos de experiência no ramo), para manter a qualidade (sem que se torne demasiado enjoativo, ou desequilibrado). E numa altura em que toda a gente anda a fugir às gorduras o que se verifica é que, as alterações introduzidas, em vez de tornarem os pratos mais "light" (sem lhes retirarem o sabor), ainda reforçam mais as gorduranças (talvez por causa da Crise : por serem mais baratas, que as carnes magras).
.
De positivo, o facto de ambos os Restaurantes terem cozinhas visíveis do exterior (o que deveria ser tornado obrigatório, em todos, pela ASAE).
.
Picareta Escribante
Sem comentários:
Enviar um comentário